sexta-feira, 7 de junho de 2019

Cidadania e controle social

Estudantes do 2º ano do Ensino Médio dos turnos Matutino e Vespertino da EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão, localizada no município da Serra/ES, iniciam pesquisa no site da Assembleia Legislativa do ES, a fim de melhor conhecer os parlamentares eleitos em 2018 e também para que possam fazer o controle social, acompanhando e participando ativamente dos mandatos, por meio de entrevista e envio de sugestões por whatsapp. Acompanhe aqui, pelos comentários, o desfecho desse trabalho que será realizado durante todo o 2º trimestre de 2019.

domingo, 15 de outubro de 2017

Conhecendo a Cultura Guarani no Espírito Santo

Os povos nativos presentes no Espírito Santo concentram-se no município de Aracruz, nas aldeias Três Palmeiras e Boa Esperança. Lá é possível conhecer a história de resistência desse povo, assim como seus costumes e tradições, além dos belos artesanatos.


ATIVIDADE DE PESQUISA
Pesquise sobre os povos guaranis do Espírito Santo e escreva, nos comentários, as respostas para as seguintes questões: a) crenças dos guaranis; b) sua organização social, econômica e política; c) organização do espaço; d) a existência nas aldeias dos direitos básicos como água e saneamento básico; e) a forma como vêem a educação dos nativos e dos não nativos; f) como se comportam diante de membros do grupo que não cumprem as regras coletivas; g) como eles vêem os não nativos; h) sua relação com a natureza. 



Observação: essa atividade é para ser desenvolvida pelos estudantes do 1V04 e 1V06 que perderam a aula de campo realizada no dia 10 de outubro de 2017, até o dia 27 de outubro de 2017. No comentário deverá ser colocado o nome completo e a turma para que possamos registrar e avaliar sua realização da atividade.

Saudações Sociológicas!
Profª Fabíola Cerqueira

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não
sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está
percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e
muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto-imagem.
Religião é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais
nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento,
a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal,
quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados,
turbinados aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde.
Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.
"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for "

Herbert Vianna

Conheça Carolina Maria de Jesus

https://www.youtube.com/watch?v=mLkJy86VU84

Indústria cultural e cultura de massa

Cultura de Massa: É toda e qualquer manifestação de atividades ditas populares. Do carnaval ao rock and roll, do jeans à coca-cola, das novelas de televisão às revistas em quadrinhos, tudo, hoje, pode ser inserido no cômodo e amplo conceito dessa cultura, a qual é produzida para as massas e veiculada pelos meios de comunicação em massa. 

Indústria Cultural: Conjunto de empresas e instituições cuja principal atividade econômica é a produção de cultura, com fins lucrativos e mercantis. No sistema de produção cultural, encaixam-se a TV, o rádio, jornais, revistas; que são elaborados de forma a aumentar o consumo, modificar hábitos, educar e informar. 

A indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Segundo Theodor Wiesengrund-Adorno, na Indústria Cultural, tudo vira negócio e o homem não passa de um mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto.
Fica claro portanto a intenção da Indústria Cultural: obscurecer a percepção de todas as pessoas, principalmente daquelas que são formadoras de opinião. Ela é a própria ideologia. Os valores passam a ser regidos por ela. Até mesmo a felicidade do indivíduo é influenciada e condicionada por essa cultura.

Fonte: http://escoladeprojeto.arteblog.com.br/90358/Cultura-de-Massa-X-Industria-Cultural/

Bullying não é brincadeira!

A violência escolar manifesta-se de várias maneiras. A falta de respeito às diferenças faz com que aqueles que não se incluem nos padrões aceitos socialmente sejam excluídos também no cotidiano escolar. Sofrem preconceito e discriminação pela cor da pele, pela condição social, pela religião, pela orientação sexual, pela estética corporal, dentre outros motivos.

Os que sofrem essa violência nem sempre conseguem falar sobre isso, pedir socorro. Há os que reagem com agressividade, mas também há os que se isolam. Outros preferem aceitar os apelidos e as agressões para sentirem-se pertencentes a um grupo.
Quem presencia essas agressões e não faz nada é conivente com os agressores. Quem ri das situações humilhantes a que são expostas essas pessoas, também. Quem recebe vídeos sobre as humilhações e os repassa, também é conivente com esse tipo de violência.
 
O preconceito é socialmente aprendido, logo, pode ser socialmente desconstruído.
Precisamos dar um basta nesta situação! O diálogo é a melhor estratégia contra a violência. Procure um adulto de sua confiança e conte a ele como você se sente. Peça ajuda. Não se cale diante de nenhuma ação de discriminação!
 
E você. já sofreu bullying? Já praticou? Já presenciou? Conte-nos como foi, o que fez, como se sentiu...
 

quarta-feira, 4 de março de 2015

TRIBUNA LIVRE – CÂMARA MUNICIPAL DA SERRA/ES

Por Fabíola dos Santos Cerqueira - 02/03/2015


Consideramos jovem toda pessoa com idade entre 15 a 29 anos, de acordo com o que foi convencionado em 2006, nas diretrizes do Plano Nacional de Juventude da Câmara Legislativa Federal e do Conselho Nacional de Juventude (CAMACHO; SANTOS, 2009, p. 14). Como é uma faixa etária ampla, essa categoria pode ser ainda subdividida da seguinte forma:

15 a 17 anos – jovens adolescentes
18 a 24 anos – jovens jovens
25 a 29 anos – jovens adultos

O Estatuto da Criança e do Adolescente considerada adolescente os sujeitos com idade entre 12 a 17 anos, logo, há uma parcela dos adolescentes que são considerados jovens.

O termo juventude iguala o que essencialmente é diferente. É importante ressaltar que há diferenças entre as juventudes. Não podemos analisar da mesma forma, por exemplo, jovens que trabalham e jovens que não trabalham. Cada um(a) vivencia a sua juventude de uma forma singular. Então, os(as) jovens devem ser vistos(as) com base nas diferenças individuais, sociais, culturais e de gênero. Por vivermos numa sociedade adultocêntrica, incorremos no erro de analisar a juventude apenas em relação aos interesses dos adultos.

Vivemos numa sociedade de consumo, onde a cidadania é definida pela quantidade de bens que podemos adquirir. O cidadão é substituído pelo consumidor.

Ser jovem custa caro e nem todas as famílias conseguem garantir a esses sujeitos essa condição, daí que muitos optam pela entrada precoce no mundo do trabalho. Quando isso ocorre, nós, da escola, temos também que concorrer com o mundo do trabalho, o qual é muito mais significativo para o jovem do que a própria escola. A inserção em estágios ou programas de aprendizagem se dá logo no início da juventude para boa parte dos jovens das classes populares. É através da bolsa que recebem que conseguem sentir-se jovens. Conseguem consumir as “coisas de jovem”, fazer os programas de jovem. Mas nem todos são atraídos pelo estágio ou pelos programas de aprendizagem. Muitos (e são muitos e cada vez mais cedo) são cooptados para o tráfico e deslumbram-se com o que podem ganhar de forma “fácil”. Uma das característica das juventudes é a ausência do medo do risco. Gostam de aventurar-se, de viver intensamente e acreditam que nada de ruim acontecerá com eles. A morte é algo distante.

A escola não é a única instituição pública existente e nem é salvadora da Pátria, embora em muitos bairros é a única que efetivamente recebe, sem discriminação, todos os sujeitos.

Reconhecemos o direito de todo sujeito estar matriculado na escola, mas isso resolve o problema de quem? Para quem? Se há um traficante na escola, independente de sua idade, sem acomanhamento adequado, como garantir a segurança dos demais que também possuem direito de estar na escola? Como garantir que outros também não serão cooptados pelo tráfico?

O Conselho Tutelar é um órgão autônomo, mas financiado pelas prefeituras e ligados à ação social. Hoje na Serra temos cinco conselhos tutelares. Não atendem a demanda por falta de recursos humanos e também porque a formação de muitos não é adequada. Além disso, lidamos como uma rede que não funciona. O único aparelho público que esses sujeitos conhecem é a escola. Até quando? O que temos de atrativo para concorrer com o tráfico? O que os projetos, como o “Juventude Viva”, por exemplo, oferece aos jovens como opção?

Quem fiscaliza as políticas públicas criadas para atender as juventudes? São eficazes? Alcançam seus objetivos? Se alcançam, porque os jovens continuam morrendo? Temos um Observatório de Segurança Pública no município. A que ele se destina?

Em 2014 houve uma tentativa de finalmente ocorrer eleição para o Conselho Municipal de Juventude, com base numa legislação ultrapassada e, ao meu ver, totalmente equivocada (Lei 2919, de 21 de dezembro de 2005;), uma vez que considerada jovem, os sujeitos com idade entre 16 a 35 anos. A quem essa legislação desejava atender de fato? Vereador tendo direito de compor conselho da juventude? Empresário? É preciso estudar, urgentemente a referida Lei, propor mudanças, aprová-la e fazer valer o Estatuto da Juventude, garantindo os direitos dos sujeitos jovens.
Por último, minha intenção aqui seria a de propor a criação de um espaço de sociabilidade, cultura, lazer, esporte, etc, para atender, o público jovem, com atividades especificas para cada categoria etária.

E para finalizar, um trecho da música “Não é sério”, de Charlie Brown Júnior, morto por overdose, declamado por Negra Li:

"O que eu consigo ver é só um terço do problema
É o Sistema que tem que mudar
Não se pode parar de lutar
Senão não muda
A Juventude tem que estar a fim
Tem que se unir
O abuso do trabalho infantil, a ignorância
Só faz destruir a esperança
Na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
Deixa ele viver! É o que liga"


Que essa Casa consiga manter-se focada nas demandas da população dos municípes, sobretudo, nas juventudes das classes populares, negras e pobres. Que possamos sair das estatísticas que nos colocam em 1º lugar no índice de mortalidade de jovens negros no Estado do Espírito Santo, dentre os municípios com mais de 200 mil habitantes.


LUTAM MELHOR OS QUE TEM BELOS SONHOS” (CHE GUEVARA)


Saudações Sociológicas!
Profª Fabíola Cerqueira