terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Do passado ao presente: o que mudou de fato?



Analisando a imagem penso ser importante refletir sobre as condições de trabalho a que estamos submetidos hoje tanto no campo quanto nas cidades. Afinal, como aceitar que em pleno século XXI trabalhadores escravos (ou em situação de escravidão) sejam resgatados de fazendas no Brasil? (conforme publicado em http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/10/noticias/gazeta_online_sul/noticias/984289-policia-federal-retira-trabalhadores-em-regime-escravo-em-fazenda-de-deputado.html)




É claro que isto implica em discutir o sistema capitalista e a democracia "aparente" em que vivemos, hoje os pobres são relegados à invisibilidade e só passam a ser notados quando ameaçam a "ordem".

Ainda temos muito o que caminhar...

Etnocentrismo

É preciso dizer mais alguma coisa???

Por Direitos Humanos Já!

No início de janeiro recebi um e-mail informando a morte de mais um jovem da periferia de Vitória/ES. Lendo a reportagem (http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=33672) fiquei com o coração pesado, mas consciente de que este tipo de situação deve ser sim denunciada. A internet permite que tenhamos VOZ (vamos ver até quando, né??). Não podemos nos calar diante das injustiças a que estamos submetidos diariamente.

DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS! Essa é a frase que preciso gritar neste momento.

Até quando veremos nossos jovens morrer?

CADÊ AS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE A MÍDIA DIZ QUE EXISTEM PARA A NOSSA JUVENTUDE?

Pessoal, vamos nos unir, participar dos conselhos, dos movimentos sociais em prol de uma sociedade mais justa e mais humana. Vamos lutar por DIREITOS HUMANOS PARA TODOS OS HUMANOS!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ah, cambaxirra, se eu pudesse!

Neste início de ano tivemos várias manifestações de estudantes na cidade de Vitória contra o aumento abusivo da tarifa do transporte coletivo (que mais parcece o "navio negreiro da modernidade", tendo em vista as condições de circulação dos passageiros, os quais são submetidos a longas esperas, a superlotação e a total falta de conforto). 
 
Numa delas os ânimos se exaltaram e tivemos um ônibus incendiado. Não sou a favor da violência e me assusta que um grupo de estudantes justifique a ação criminosa de incendiar um ônibus com pessoas dentro dizendo que a violência foi iniciada pela polícia. Uma ação abusiva não pode justificar outra. Mas esta é a face feia da história. A que dá ibope para a mídia sensacionalista. É a que quer descaracterizar a beleza do movimento estudantil. E não é sobre ela que quero me deter.


Quero me remeter neste momento a linda história de Ana Maria Machado, "Ah, cambaxirra, se eu pudesse!", para que possamos refletir sobre a participação popular na luta por seus direitos. Na referida história, uma humilde cambaxirra (um pássaro) percorre uma cadeia hierarquica até chegar ao imperador na tentativa de salvar a árvore em que construirá seu ninho. O imperador inicialmente irredutível só cede à reivindicação da cambaxirra quando ela ameaça chamar TODO MUNDO. E de TODO MUNDO JUNTO o imperador tem medo.



Acredito que um mundo mais justo será construído na medida em que tomarmos consciência da força que juntos podemos exercer contra os que nos oprimem. 

E é esse movimento que os estudantes tentam fazer. Querem mostrar à população a importância da união de forças. Querem mostrar que a questão do transporte coletivo é muito mais complexa do que se apresenta e que não atinge apenas aos estudantes, mas a todos os trabalhadores que utilizam o transporte coletivo. É preciso (re)discutir a mobilidade urbana, a falta de ônibus, a superlotação, enfim, toda a precariedade do sistema de transporte público que nos impede de circular ou nos faz circular em condições precárias.

 





Penso que precisamos apoiar este movimento e abrir os olhos para não "cairmos na conversa" do opressor e passar a criminalizar o movimento estudantil. Afinal, de que lado você está?